Professores
que serão afetados pela inconstitucionalidade da Lei 100 protestaram na tarde
desta terça-feira na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (Almg). Com faixas
e cartazes, cerca de 350 pessoas manifestaram em frente ao Legislativo estadual
e também lotaram as galerias do plenário para pressionar os deputados. A
intenção é forçar a votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que
efetiva os servidores.
Para Nelson
Luiz Ribeiro, do Sindicato dos Professores da Universidade do Estado de Minas
Gerais (Sinduemg), a intenção é sensibilizar para a causa dos professores e dos
servidores afetados. Segundo ele, o Sinduemg vai enviar à Brasília uma comissão
para tentar sensibilizar os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o
assunto. “A intenção é fazer com que eles entendam que não pode ser lei pela
lei simplesmente, mas a lei tem que produzir justiça social', afirmou. Ainda
segundo Nelson, se o plenário prorrogar a data para início de dezembro, como
pede o governo do estado, só vai resolver o problema da administração estadual.
“ Isso é, mais uma vez, o governo do estado tentando resolver o problema dele”,
falou.
No plenário,
o assunto fez com que deputados da oposição e que sustentam o governo do estado
trocassem acusações sobre o destino dos servidores. Sempre reagindo com gritos
e vaias, os manifestantes aplaudiam quem se posicionasse favoravelmente a PEC 3
e dificultava a fala dos contrários. A sessão chegou a ser suspensa por duas
vezes para que os ânimos fossem contidos.
Em
entrevista, o deputado Durval Ângelo (PT) disse que o governo estadual acredita
que a data da entrada em vigor da decisão de inconstitucionalidade será
prorrogada.
Nesta
quarta-feira, o Supremo deve se posicionar sobre a prorrogação da data para
dispensa dos servidores. O prazo foi pedido pelo governo do estado para
viabilizar os concursos para as áreas afetadas, conforme definiu o STF.