Suspeito
faria parte de esquema que fraudou financiamento de imóveis.
Segundo PF,
ele contou com ajuda de funcionários públicos.
A Polícia
Federal prendeu na manhã desta terça-feira (17) em Itaboraí, Região
Metropolitana do Rio, um homem apontado como operador do esquema responsável
por fraudar o financiamento de mais de 100 imóveis no estado entre os anos de
2012 e 2013. A fraude contava com a ajuda de funcionários públicos, inclusive
da Caixa Econômica Federal (CEF).
O suspeito
não teve o nome divulgado, mas durante mandado de busca e apreensão em sua
residência foi encontrada uma arma sem registro.
Todos os
imóveis financiados eram do Rio, principalmente na Região dos Lagos. Ainda assim,
há mandados de busca e apreensão para São Paulo e Minas Gerais, onde pessoas
físicas e empresas são suspeitas de participar na avaliação das residências. Os
imóveis tinham sobrepreço ou até mesmo inexistiam. Há ainda o caso de
compradores que só existiam no papel, após a fraude de documentos de
identificação. Os prejuízos são estimados em R$ 100 milhões.
Segundo a
Polícia Federal, em alguns casos o envolvimento reunia vendedor, operador e
comprador do imóvel. Em outros, o vendedor não sabia do esquema — mesmo o valor
da venda de imóvel sendo depositado diretamente na sua conta. Em todos, porém,
empresas lucravam com a comissão da venda e o valor era repartido entre os
funcionários da Caixa que participavam do esquema e com os demais operadores.
Ao menos um
deles já sinalizou o interesse de participar de um sistema de colaboração
premiada para ter sua pena reduzida, caso seja condenado. De acordo com a CEF,
alguns dos funcionários envolvidos já foram afastados dos seus cargos. Em suas
contas, valores considerados ilícitos pela PF teriam sido depositados.
Crimes
Os suspeitos
podem responder por associação criminosa, falsificação de selo ou sinais
públicos, falsificação de documentos públicos, estelionato, peculato, corrupção
ativa, corrupção passiva e lavagem de capitais.
A Caixa
Econômica Federal informou que a operação Dolos, deflagrada nesta terça-feira,
foi identificada pelo banco por meio de mecanismos de controle interno. A Caixa
encaminhou notícia-crime à Policia Federal, para apuração da ação criminosa.