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domingo, 2 de novembro de 2014

Escola Comunitária Família Agrícola de Jacaré (EFA)

Itinga é uma das 55 cidades que compõe o vale do Jequitinhonha. Está localizada ao noroeste do Médio Jequitinhonha, distante de Itaobim 28,83km e de Araçuaí 41,70Km. Com uma população de 16 mil habitantes aproximadamente em uma área de 1.640,657 km².
Desde “sua fundação o território sempre teve o predomínio rural, basta lembrar que sua história teve o início pela” Sesmaria “(6.500m2), Doada à família Murta pelo domínio português quando o Brasil era colônia do Império Português.
Hoje a estatística fornece os dados que 75,23% é zona rural. No Brasil sempre teve o maior domínio o território rural. Porém Itinga sua população vive em sua maior parte. É uma das cidade que tem seu solo e subsolo muito rico em minérios.
Pelo fato da demanda está na zona rural, a agricultura e pecuária bovina e suína supre o consume interno do município, no entanto com o descaso dos governos municipal, estadual e federal, provocando assim ainda grande migração para os grandes centros.
O que vem paliar este problema, são as Ongs e associações também sindicatos, que buscam minimizar a carência.
O município conta com a EFA (Escola Comunitária Agrícola de Jacaré (distrito) que dista da sede aproximadamente 40km.

O que é literalmente a EFA?


O primeiro modelo de educação em alternância surgiu na França, em 1935, mais especificamente em Lauzum. Surgiu a partir da preocupação de um grupo de agricultores com a educação de seus filhos, que cada vez mais deixavam os estudos para trabalharem nos campos, afirmando que a escola de nada os acrescentava para o trabalho na agricultura, e os que continuavam a estudar logo migravam pra as cidades sob influencias do viés da educação. Os sindicatos e os agricultores juntamente com outras instituições afins se unirão e decidiram eles mesmos construir a escola que atendesse seus filhos em suas reais necessidades, com uma educação voltada para a realidade vivida. Desta forma surgiram as primeiras Maisons Familiales Rurales (MFVs) com responsabilidade pedagógica e administrativa da comunidade escolar. Dirigidas por associações compostas por pais de alunos, a MFV foi muito bem aceita e se propagou por vários países o modelo dos centros de formação em alternância (CEFA’S). No Brasil a proposta chegou por volta de 1968 e a primeira Escola Família Agrícola (EFA) como foi chamada, surgiu em Anchieta Espírito Santo no ano de 1969.
 A proposta política pedagógica das EFA’s baseia-se nos princípios da pedagogia da alternância, ao qual o aluno passa um período de tempo na escola e outro em sua comunidade, isso por se enxergar que o processo educacional que se da nestes espaços não devem estar separados.  Por isso o meio é fator privilegiado do processo de ensino-aprendizagem, sendo ambiente escolar local de sistematização científica e ponto de partida para organizar pesquisas, interagindo desta forma teoria, prática, estudo, trabalho e ação-reflexão-ação. Sendo assim o aluno permanece por quinze dias no centro educacional alternando com os quinze dias no meio sócio profissional.
Na Pedagogia da Alternância a ação educativa não está vinculada à mera comunicação dos conhecimentos, atos que exigem somente compreensão e memorização, mas, sobretudo, proporciona a operacionalização de pesquisas e experimentações práticas e considera a experiência do cotidiano a matéria prima para uma aprendizagem dinâmica, contextualizada e interessante. Busca-se a construção do conhecimento a partir do conhecimento empírico do campo. Assim, pais, alunos, monitores, lideranças e profissionais em geral se tornam todos ao mesmo tempo, aprendizes e mestres. (P.P.P EFA Bontempo, 2005 p.01)
Parte-se da prática para a teoria, sempre buscando solucionar problemas existentes no meio, de forma a criar-se um ciclo vicioso, ao qual a comunidade é complemento da escola e a escola complemento da comunidade. A participação de todos daquele meio no processo educativo é quase que inevitável e, portanto, fundamental. O aluno se torna o principal protagonista, o escritor de sua própria história, com uma visão diferenciada, e o monitor é apenas um facilitador, um condutor deste processo.
A filosofia da escola é atingir a meta de uma educação de qualidade, enfatizando técnicas que propiciem o fazer coletivo e o saber coletivo, permitindo a reflexão crítica e dando condições ao educando de posicionar-se como sujeito de conhecimento. Garantindo assim uma educação de qualidade voltada para o meio onde ele se encontra, valorizando o saber empírico as culturas e tradições locais, ao mesmo tempo em que aplica o conhecimento adquirido em favor do local.
Roberta Alves
EFA do Jacaré (distrito de Itinga)
Criada em Abril de 1994.
Inicialmente só Ensino Fundamental, em 2007 foi acoplado o Ensino Médio, concomitante com Curso Técnico em Agropecuária.
Ocupa uma de 50ha, pavilhões onde funcionam, Laboratório de Informática, Farinheira, Casa de Engenho, Produção de Mandioca, Cana de Açúcar, Milho, Hortaliças, Viveiro de Mudas, Criações de Bovino Leiteiro, Suínos e Aves.
São 119 alunos, sendo 63 alunos do ensino fundamental e 56 estudantes do ensino médio.
A equipe da Escola é formada por 11 pessoas com atividades variadas, do Coordenador ao Professor.
A maior impasse para o desenvolvimento e progressão do Sistema Ruralista do Município, está na falta de assistência técnica. A criação de Projetos, Programas de Incentivo e fomentação progressiva sobrevive a precariedade da região já que a Embrapa, a Epamig e a Emater, não matém uma equipe técnica para atender a demanda e necessidade do local.