No momento
em que o governo enfrenta a sua pior crise política desde que Luiz Inácio Lula
da Silva da Silva chegou ao poder em 2003, os partidos de oposição decidiram
aderir aos protestos marcados para o próximo domingo contra Dilma Rousseff. Uma
das bandeiras dos manifestantes é o impeachment da presidente.
PSDB, DEM,
PPS e Solidariedade, as principais siglas de oposição, vão dar suporte formal e
informal aos atos programados para todo o País.
No PSDB, a
ordem é incentivar a participação de filiados nas todas as manifestações.
Dirigentes e parlamentares do partido têm se reunido com grupos organizados
favoráveis ao impeachment. Para os tucanos, porém, não é hora de pedir
formalmente a saída da presidente. "Não quero que ela saia, quero ver o
governo sangrar, não quero ser governado pelo (vice-presidente) Michel
Temer", diz o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP).
"Estive
com pessoas que integram três grupos: Vem pra Rua, Brasil Livre e Onda Azul.
São movimentos com visões diferentes, mas há um denominador comum de que o
discurso deve ser mais amplo do que só o 'Fora Dilma'. O protesto é contra o
rumo do atual governo", afirma o senador.
A atuação do
Solidariedade, cujo presidente nacional, o deputado federal Paulinho da Força
(SP), até encomendou aos seus advogados um parecer jurídico para embasar um
pedido forma de impeachment na Câmara, será intensa no domingo. "O
Solidariedade participará com bandeiras, camisetas e três carros de som",
diz o deputado.
Política
"Nós do
PPS vamos ao ato com bandeiras do Brasil. Queremos quebrar esse preconceito de
que a manifestação não pode ser política", afirma o ex-deputado Roberto
Freire, presidente nacional do PPS. "A discussão sobre o impeachment
presta um serviço à sociedade. Setores do partido defendem que adotemos essa
palavra de ordem, mas eles não são majoritários", diz o dirigente. Partidos de
oposição dão suporte para protestos do dia 15