O galã
irresistível, malandro e sedutor nasceu no final da década de 50 inspirado em
um amigo de Loredo e estreou na televisão em 1960 no programa 'Noites
cariocas', exibido pela extinta TV Rio, com os primeiros textos roteirizados
por Chico Anysio. Em 2010, o personagem completou 50 anos e continuava na TV,
no humorístico 'A praça é nossa', do SBT/Alterosa. Zé Bonitinho eternizou
bordões, que repetia com a voz de um conquistador: ''Câmera, close; microfone,
please'', ''Garotas do meu Brasil varonil: vou dar a vocês um tostão da minha
voz!'', ou ''Eu não sou chuveiro, mas deixo as mulheres molhadas''.
Zé Bonitinho
também esteve nas telonas. Nos anos 70, foi inspiração para o diretor Rogério
Sganzerla em duas ocasiões. Primeiro no filme-grito 'Sem essa, Aranha', de
1970, em que o personagem é um malandro. E em 'Abismu', de 1977, onde empresta
seu personagem e descontrói seu discurso e seu humor diante de um olhar
confidente.
Em 2011
Loredo dividiu cena com Selton Mello no filme 'O Palhaço', em que interpretava
um gerente de loja de eletrodomésticos que ajuda o personagem de Selton a
redescobrir a fé na profissão.
Em 'A praça
é nossa', com Manoel de Nóbrega, Loredo se apresentava como um mendigo que
ficou célebre com o bordão 'Como vai, meu colega?'. O personagem usava fraque e
cartola, bem esfarrapados, monóculo e luvas.
Criou outros tipos: um italiano que não podia ver televisão porque
queria quebrá-la; o profeta Saravabatana, que andava com uma cobra que dava
consultas a mulheres; e o professor de português que tinha a voz do Ary
Barroso.