RB informática

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domingo, 22 de março de 2015

Hiperacusia e misofonia: baladas, celulares e fones no volume máximo prejudicam audição e desencadeiam doenças



No Brasil, 48 milhões de pessoas são vítimas de zumbido

A sonoridade em salas de cinema e o uso frequente de celulares e fones no volume máximo são algumas das situações cotidianas e atuais que colocam a audição em risco.

Nem sempre é possível o som entrar por um ouvido e sair pelo outro, como diz o ditado popular. Os médicos atestam que não adianta fazer ouvido de mercador, pois a exposição sonora excessiva pode trazer problemas graves.

Nos consultórios, há um aumento na procura de pessoas que sofrem com hipersensibilidade auditiva e zumbidos. “Como os celulares são equipamentos relativamente recentes, não temos muitas pesquisas científicas que comprovem os malefícios.

 Mas é certo que as ondas eletromagnéticas influenciam a saúde dos ouvidos. O abuso no uso do celular e do fone expõem as pessoas ao excesso de som. A longo prazo, poderá ocorrer um comprometimento da audição”, afirma a otorrinolaringologista da Rede Mater Dei, Elizabeth Camargo Negri Flores.

Levantamento da Associação de Pesquisa Interdisciplinar e Divulgação do Zumbido (Apidiz), em parceria com o Instituto Ganz Sanchez, mostra que, no Brasil, há cerca de 48 milhões de pessoas com zumbido no ouvido.

O número representa crescimento de 71,4% em relação aos 28 milhões estimados há quase 20 anos. “O aumento do nível de poluição sonora e a demanda reprimida, pois muitas pessoas desconheciam a existência desses transtornos, são as causas do aumento na procura dos consultórios”, diz Elizabeth.

Os problemas auditivos podem ser causados por infecções, exposição excessiva ao ruído e também pelo consumo de algumas substâncias, que excitam os neurônios na via auditiva. “O consumo de café, bebidas à base de coca, chocolates e alguns medicamentos deve ser evitado”, alerta a médica.


Os zumbidos também podem ser sintoma de alguma doença de base, como diabetes, hipertensão, doenças de tireoide e de colágeno, como as escleroses múltiplas.