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quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Orelhões de BH podem ser substituídos por cabines com internet e câmeras de segurança

Os equipamentos dependem de autorização da prefeitura para poderem ser instalados. Juíza da 6ª Vara de Fazenda Pública expediu mandado de segurança para que a administração municipal dê prosseguimento ao exame do pedido de licenciamento dos novos mobiliários.

Belo Horizonte pode passar a ter cabines telefônicas com wireless e câmeras de segurança. A juíza Luzia Divina de Paula Peixôto, da 6ª Vara de Fazenda Pública, expediu um mandado de segurança contra o prefeito Marcio Lacerda (PSB) para que dê prosseguimento ao exame do pedido de licenciamento dos novos mobiliários. A administração municipal negou o primeiro pedido da Taex Serviços em Comunicação e Tecnologia Ltda. A empresa afirmou que se conseguir a autorização é possível instalar as 250 novas cabines em 40 dias.

Os novos equipamentos prometem modernizar as cabines telefônicas. “Esse é um projeto antigo que já vínhamos discutindo com a prefeitura. Os orelhões serão substituídos por um equipamento mais moderno que vai oferecer, além do serviço de voz, internet, câmeras de segurança interligadas aos órgãos municipais e agregar o serviço de wi-fi, que será grátis nos primeiros 15 minutos, e funcionará em um raio de 50 metros do mobiliário”, explica uma das funcionárias da empresa, que não quis se identificar.

Outra ideia da empresa é instalar os equipamentos próximo a escolas públicas. O objetivo, segundo a fabricante, é dar  oportunidade aos pais para 'vigiar' os estudantes.
Inicialmente, a empresa solicitou a troca de 250 orelhões pelas cabines. Porém, começou um entrave com a Prefeitura de Belo Horizonte. “Entramos com o pedido de aprovação de modelos de mobiliário urbano, conforme determina a lei municipal. Ele foi aprovado pela Secretaria Adjunta de Planejamento Urbano em 2013. Porém, quando entramos com o pedido de licenciamento, que também é previsto em lei, a PBH não reconheceu que havia o mobiliário aprovado”, explicou a funcionária.

No processo, a prefeitura afirmou que não existe padronização definida da cabine pelo órgão competente, motivo que impediu o licenciamento. Também foi anexado ao processo um histórico sobre pedidos, decisões, recursos sobre esses mobiliários urbanos de 2000 a 2011 e a Deliberação 1/2014, da comissão de mobiliário urbano, sobre a padronização do modelo da cabine telefônica a ser adotada, que, no entanto, não chegou a ser publicada.

Ao analisar o caso, a juíza Luiza Peixôto determinou que a PBH dê prosseguimento ao exame do pedido de licenciamento dos novos mobiliários. Ela se baseou no inciso 78, do Artigo 5º da Constituição da República, que assegura a todos a razoável duração do processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação. “Ressalte-se que o direito à razoável duração do processo não se destina somente aos processos em trâmite no Poder Judiciário, mas também aos processos em trâmite na administração pública”, afirmou a magistrada.

Cabines nas ruas

Caso a prefeitura autorize a troca dos equipamentos pela empresa Taex Serviços em Comunicação e Tecnologia, que é parceira da Tele Norte Leste Participações S.A. – Telemar, as novas cabines devem estar nas ruas rapidamente. “Saindo o licenciamento, conseguimos instalar 10 equipamentos por dia. Então, na verdade, conseguimos a mudança em um prazo de 40 dias. Tudo depende da liberação da PBH”, disse a funcionária da Taex.


A Prefeitura de Belo Horizonte informou que ainda não foi notificada da ação, por isso não vai se manifestar sobre o caso.