A correção
da tabela do Imposto de Renda Pessoa Física poderá ser feita por faixas de
renda, sinalizou nesta terça-feira o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, ao
deixar uma reunião com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). A
ideia é fazer com que os contribuintes que ganham menos sejam beneficiados com
o maior índice de correção que poderá chegar, segundo Levy, a 6,5%.
“Há algumas
possibilidades, mas o conceito, evidentemente, é dar um ajuste mais
significativo para as faixas de menor renda de tal maneira que os tetos dessas
faixas tenham um aumento um pouco maior do que tinha se pensado originalmente,
de 4,5%. A gente está vendo, dentro do quadro de ajuste fiscal, se nós podemos
focar para dar algo um pouco maior na linha que o Congresso tem sugerido para as
faixas de menor renda”, adiantou Levy que também se encontrou com o presidente
da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
A proposta
em discussão será apresentada à tarde pelos presidentes do Senado e da Câmara
aos líderes das respectivas Casas. A expectativa é que um acordo em torno da
nova proposta saia até o fim do dia.
"A
conversa com o ministro Levy foi muito boa. Eu acho que isso distensiona. O
papel do Congresso Nacional é insubstituível. Há quem pense que Congresso fraco
faz bem à democracia, não é verdade. O Congresso vai continuar cumprindo a sua
parte. Vamos, com os líderes, encaminhar o que for possível como solução",
disse Renan Calheiros que também vai se reunir hoje com o vice-presidente da
República, Michel Temer.
A ida de
Levy ao Congresso foi acertada ontem (9) durante reunião entre a presidenta
Dilma Rousseff e líderes da base aliada. O veto presidencial ao reajuste de
6,5% na tabela do Imposto de Renda, que já tranca a pauta de votações do
Congresso, é o primeiro item da sessão marcada para amanhã (11), às 11h.