O governo sugeriu apenas discutir uma nova fórmula de
reajuste do preço do frete e iniciar uma discussão sobre a prorrogação do
Pró-Caminhoneiro operado pelo BNDES para financiar a compra de veículos.
Depois de uma reunião tensa em que os representantes dos
caminhoneiros se recusaram a aceitar as propostas do governo para encerrar a
greve que paralisa rodovias no País sem que o Palácio do Planalto reduza o preço
do diesel, os ministros da Secretaria-Geral da Presidência, Miguel Rossetto, e
dos Transportes, Antônio Carlos Rodrigues, foram convocados pela presidente
Dilma Rousseff para uma conversa.
Dilma colocou o ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio
Mercadante, que estava na noite desta quarta-feira, despachando com a
presidente em seu gabinete, no circuito das negociações. Rossetto já falou com
Mercadante e, por volta das 19h15, ambos participavam de uma conferência por
telefone com os representantes dos caminhoneiros reunidos numa das salas do
Ministério dos Transportes.
O titular da Secretaria-Geral da Presidência apresentou os
argumentos repassados por Mercadante. Durante a longa reunião, iniciada às 11h
desta quarta, os sindicalistas bateram pé em relação à redução no valor do
diesel comprado na bomba dos postos de combustíveis.
O governo sugeriu apenas discutir uma nova fórmula de
reajuste do preço do frete e iniciar uma discussão sobre a prorrogação do
Pró-Caminhoneiro operado pelo BNDES para financiar a compra de veículos. Diante
do impasse, o Planalto recuou para afinar o discurso da reunião com a presidente
Dilma.
Na reunião de emergência no Planalto, o governo deve fechar
com os três ministros uma nova proposta para tentar encerrar a greve dos
caminhoneiros que atinge estradas de todo o País.