Após duas
semanas de intensos debates, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da
Câmara dos Deputados aprovou a admissibilidade da proposta de Emenda à
Constituição (PEC) 171/93 que reduz a maioridade penal de 18 para 16 anos.
Os
integrantes da CCJ rejeitaram por 43 votos contra e 21 a favor, o parecer do relator
Luiz Couto (PT-PB), contrário à admissibilidade da proposta, por considerá-la
inconstitucional. Com a rejeição, venceu a tese de que a alteração da
maioridade não constitui cláusula pétrea da Constituição Federal. Em
substituição a Couto, o deputado Marcos Rogério (PDT-RO) foi escolhido novo
relator. Rogério apresentou voto em separado favorável à redução e teve seu
parecer aprovado por 42 votos a favor e 17 contra.
Deputados
comemoram a rejeição do parecer do relator contra a admissibilidade da PEC
171/93, que reduz a maioridade penal de 18 para 16 anos (Foto: Marcelo
Camargo/Agência Brasil)
Com a
aprovação na CCJ, que avalia apenas os critérios de constitucionalidade,
legalidade e técnica legislativa, será formada uma comissão especial para
analisar o mérito da proposta. A comissão terá prazo de 40 sessões do plenário
para dar seu parecer. Depois, a PEC será votada pelo plenário da Câmara em dois
turnos. Para ser aprovada, a proposta precisa ter pelo menos 308 votos (três
quintos dos deputados) em cada uma das votações.
Depois de
aprovada na Câmara, a PEC seguirá para o Senado, onde será analisada pela
Comissão de Constituição e Justiça e depois pelo plenário, onde precisa ser
votada novamente em dois turnos.
A reunião da
CCJ nesta terça-feira começou pouco depois das 10h. Partidos contrários à
medida (PT, PSOL, PROS e PPS) entraram em obstrução. Um requerimento de
retirada de pauta foi apresentado e rejeitado. Ontem (30), a votação da
admissibilidade da proposta de emenda à Constituição (PEC) foi adiada após
longa discussão e várias tentativas de obstrução. Por 41 votos a sete, os
deputados da CCJ aprovaram requerimento para o encerramento da discussão,
abrindo espaço para a votação da proposta.
A PEC 171/93
é a principal de 38 propostas apensadas a ela. Em seu voto, Marcos Rogério
pediu a inadmissibilidade da PEC 349/2013 (apensada), sob o argumento de que a
proposta abole a cláusula pétrea da Constituição que diz que “a lei penal não
retroagirá, salvo para beneficiar o réu”. A PEC 349, de autoria da deputada
Gorete Pereira (PR-CE), propunha uma nova redação para o artigo que passaria a
ter o seguinte texto: “a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu
ou para punir ato infracional quando o agente atingir a maioridade penal.”
Dentre as matérias apensadas, há propostas como a PEC 169, de 1999, para
alterar o limite de idade da responsabilidade penal para 14 anos, e até para 12
anos (PEC nº 345, de 2004). Proposta que
reduz maioridade penal é aprovada pela Comissão de Constituição e Justiça da
Câmara
Após duas
semanas de intensos debates, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da
Câmara dos Deputados aprovou a admissibilidade da proposta de Emenda à
Constituição (PEC) 171/93 que reduz a maioridade penal de 18 para 16 anos.
Os
integrantes da CCJ rejeitaram por 43 votos contra e 21 a favor, o parecer do relator
Luiz Couto (PT-PB), contrário à admissibilidade da proposta, por considerá-la
inconstitucional. Com a rejeição, venceu a tese de que a alteração da
maioridade não constitui cláusula pétrea da Constituição Federal. Em
substituição a Couto, o deputado Marcos Rogério (PDT-RO) foi escolhido novo
relator. Rogério apresentou voto em separado favorável à redução e teve seu
parecer aprovado por 42 votos a favor e 17 contra.
Deputados
comemoram a rejeição do parecer do relator contra a admissibilidade da PEC
171/93, que reduz a maioridade penal de 18 para 16 anos (Foto: Marcelo
Camargo/Agência Brasil)
Com a
aprovação na CCJ, que avalia apenas os critérios de constitucionalidade,
legalidade e técnica legislativa, será formada uma comissão especial para
analisar o mérito da proposta. A comissão terá prazo de 40 sessões do plenário
para dar seu parecer. Depois, a PEC será votada pelo plenário da Câmara em dois
turnos. Para ser aprovada, a proposta precisa ter pelo menos 308 votos (três
quintos dos deputados) em cada uma das votações.
Depois de
aprovada na Câmara, a PEC seguirá para o Senado, onde será analisada pela
Comissão de Constituição e Justiça e depois pelo plenário, onde precisa ser
votada novamente em dois turnos.
A reunião da
CCJ nesta terça-feira começou pouco depois das 10h. Partidos contrários à
medida (PT, PSOL, PROS e PPS) entraram em obstrução. Um requerimento de
retirada de pauta foi apresentado e rejeitado. Ontem (30), a votação da
admissibilidade da proposta de emenda à Constituição (PEC) foi adiada após
longa discussão e várias tentativas de obstrução. Por 41 votos a sete, os
deputados da CCJ aprovaram requerimento para o encerramento da discussão,
abrindo espaço para a votação da proposta.
A PEC 171/93
é a principal de 38 propostas apensadas a ela. Em seu voto, Marcos Rogério
pediu a inadmissibilidade da PEC 349/2013 (apensada), sob o argumento de que a
proposta abole a cláusula pétrea da Constituição que diz que “a lei penal não
retroagirá, salvo para beneficiar o réu”. A PEC 349, de autoria da deputada
Gorete Pereira (PR-CE), propunha uma nova redação para o artigo que passaria a
ter o seguinte texto: “a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu
ou para punir ato infracional quando o agente atingir a maioridade penal.”
Dentre as matérias apensadas, há propostas como a PEC 169, de 1999, para
alterar o limite de idade da responsabilidade penal para 14 anos, e até para 12
anos (PEC nº 345, de 2004).