A comissão
terá 180 dias para tentar avançar na apuração de eventual sonegação fiscal
praticada pelos correntistas brasileiros com suporte do banco
Brasília - A
CPI do HSBC instalada nessa terça-feira, 24, no Senado terá como ponto de
partida a investigação de cerca de 130 pessoas que constam na lista de
correntistas "secretos" de uma agência do banco em Genebra, compilada
por um ex-funcionário e revelada por um consórcio internacional de jornalistas.
A comissão
terá 180 dias para tentar avançar na apuração de eventual sonegação fiscal
praticada pelos correntistas brasileiros com suporte do banco. Há suspeita de
que mais de U$ 100 bilhões foram ocultados de órgãos fiscais de mais de 100
países.
Entre os
correntistas há cerca de 8 mil brasileiros, que tinham, numa estimativa
preliminar, mais de R$ 7 bilhões ocultados do Fisco.
"Vamos
começar os trabalhos a partir da lista. Neste momento, ainda é difícil saber
onde vai dar. A lista pode aumentar. Podemos também ter informações além do
HSBC. Em princípio, não é proibido ter conta no exterior, mas tem de ter lastro
e ter declarado", afirmou o senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES). Ele foi
escolhido ontem para ser o relator da CPI do HSBC.
A escolha
dele teve resistência por parte da bancada do PT em razão de o peemedebista ter
um perfil mais "independente" dentro da base aliada. "Fiquei
sabendo disso. Mas vou conduzir com muito equilíbrio e firmeza", ressaltou
Ferraço.
'Espetáculo'
Na sessão
dessa terça-feira, também foi escolhido para presidir a CPI o senador Paulo
Rocha (PT-PA). Absolvido pelo Supremo Tribunal Federal no julgamento do
mensalão em 2012, o petista assumiu o posto com o discurso de que o colegiado
não será palco de "espetáculo".
"Tem de
haver um equilíbrio nesse processo para não se transformar em um grande
espetáculo, que pode ter condenações antecipadas", afirmou Rocha.
"Tenho essa responsabilidade, até porque já vivi esse momento
pessoalmente. Não quero que aconteça com prejulgamentos, que criem injustiças e
atrapalhem a vida das pessoas." Senado
começa investigação do HSBC com 130 correntistas
A comissão
terá 180 dias para tentar avançar na apuração de eventual sonegação fiscal
praticada pelos correntistas brasileiros com suporte do banco
Brasília - A
CPI do HSBC instalada nessa terça-feira, 24, no Senado terá como ponto de
partida a investigação de cerca de 130 pessoas que constam na lista de
correntistas "secretos" de uma agência do banco em Genebra, compilada
por um ex-funcionário e revelada por um consórcio internacional de jornalistas.
A comissão
terá 180 dias para tentar avançar na apuração de eventual sonegação fiscal
praticada pelos correntistas brasileiros com suporte do banco. Há suspeita de
que mais de U$ 100 bilhões foram ocultados de órgãos fiscais de mais de 100
países.
Entre os
correntistas há cerca de 8 mil brasileiros, que tinham, numa estimativa
preliminar, mais de R$ 7 bilhões ocultados do Fisco.
"Vamos
começar os trabalhos a partir da lista. Neste momento, ainda é difícil saber
onde vai dar. A lista pode aumentar. Podemos também ter informações além do
HSBC. Em princípio, não é proibido ter conta no exterior, mas tem de ter lastro
e ter declarado", afirmou o senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES). Ele foi
escolhido ontem para ser o relator da CPI do HSBC.
A escolha
dele teve resistência por parte da bancada do PT em razão de o peemedebista ter
um perfil mais "independente" dentro da base aliada. "Fiquei
sabendo disso. Mas vou conduzir com muito equilíbrio e firmeza", ressaltou
Ferraço.
'Espetáculo'
Na sessão
dessa terça-feira, também foi escolhido para presidir a CPI o senador Paulo
Rocha (PT-PA). Absolvido pelo Supremo Tribunal Federal no julgamento do
mensalão em 2012, o petista assumiu o posto com o discurso de que o colegiado
não será palco de "espetáculo".
"Tem de
haver um equilíbrio nesse processo para não se transformar em um grande
espetáculo, que pode ter condenações antecipadas", afirmou Rocha.
"Tenho essa responsabilidade, até porque já vivi esse momento
pessoalmente. Não quero que aconteça com prejulgamentos, que criem injustiças e
atrapalhem a vida das pessoas."