Câmara dos Deputados processa Cid Gomes por danos morais
Ex-ministro foi demitido após chamar o presidente da Câmara
dos Deputados de achacador em sessão da casa
A Procuradoria da Câmara dos Deputados processou nesta
quinta-feira o ex-ministro da Educação Cid Gomes por danos morais e entrou com
representação contra ele na PGR (Procuradoria-Geral da República). Cid Gomes
foi demitido pela presidente Dilma Rousseff na tarde de quarta-feira (18), após
fazer novas acusações em sessão da Câmara a que compareceu para explicar
declaração de que haveria na Casa "de 300 a 400 achacadores" que se
aproveitam da fragilidade do governo. Cid chamou o presidente da Câmara,
Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de achacador e partidos aliados de
"oportunistas".
Na ação, o procurador da Câmara, deputado Cláudio Cajado
(DEM-BA), não estabelece valores, mas solicita que a indenização seja revertida
para o FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação). Já na
representação à PGR, Cajado indica que Cid cometeu três infrações: crime de responsabilidade,
por ter deixado a sessão antes do término, condescendência criminosa, por não
apontar quem são os achacadores, e improbidade, por não cumprir os princípios
de lealdade e honestidade.