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domingo, 22 de fevereiro de 2015

Médica condenada por mandar cortar pênis de ex-noivo está internada


Myriam de Rezende Castro era considerada foragida pela Seds.

Grávida de gêmeos, ela está internada há um mês em uma maternidade.

A médica Myriam Priscilla de Rezende Castro - presa por mandar cortar o pênis do ex-noivo em 2002 – está internada na Maternidade Otaviano Neves, no bairro Santa Efigênia, na Região Leste de Belo Horizonte. A mulher, considerada foragida desde o dia 28 de janeiro, foi encontrada pela polícia na noite deste sábado (21) por meio de uma denúncia anônima.

Segundo a Polícia Militar (PM), Myriam Priscilla de Rezende Castro está internada no hospital há um mês. Ela está grávida de gêmeos de um namorado. Segundo o advogado da médica, Geovanni Caruso, ao sair da Penitenciária Estevão Pinto para trabalhar, Myriam passou mal e foi levada para a maternidade. Ainda de acordo com o defensor, a gravidez dela é de risco. Um pedido de prisão domiciliar já teria sido feito. Para ele, isso prova que a Seds não trabalha em conjunto com o sistema judiciário. O advogado garantiu que o juiz responsável pelo caso está ciente de todas as informações.

A Subsecretaria de Administração Prisional informou que o advogado não apresentou nenhum documento ao sistema prisional confirmando a internação da cliente dele. O órgão disse também que Myriam nunca permitiu ser avaliada pelos médicos da penitenciária e não apresentou exames clínicos que comprovassem a gravidez.

Myriam será escoltada pela PM até que a Subsecretaria de Administração Prisional (Suapi) assuma o caso. Segundo o hospital, não há previsão de alta.

Foragida

Neste sábado (21), a Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) havia informado que Myriam estava foragida há quase um mês. Ainda de acordo com o órgão, ela tinha autorização da Justiça para trabalho externo.

Myriam foi presa no dia 1º de abril de 2014, em Pirassununga (SP). A condenação só foi determinada pela Justiça em 2013, depois de vários recursos impetrados pela defesa da médica. Ela cumpria pena na unidade prisional desde 2 de abril de 2014.
A médica trabalhava em um hospital desde julho do ano passado. O nome da instituição não foi divulgado. Mas, em setembro de 2014, o advogado Paulo Fernando de Souza Carvalho, que defendeu a médica durante o processo criminal, afirmava que, embora tivesse sido condenada a seis anos de prisão, a médica cumpria um dos dispositivos do semiaberto que era o direito ao trabalho.