Várias prefeituras desistiram de bancar os shows por falta de dinheiro
em caixa: Itapecerica, Itaguara, São Gonçalo do Pará, Oliveira e Itabira
Formiga, Arcos, Cláudio, Santa Maria de Itabira, Piracema, São Francisco de
Paula e Mateus Leme vão substituir os gastos por pagamento a fornecedores e
conclusão de postos de saúde.
Carmópolis de Minas, Carmo da Mata e Passatempo alegaram um motivo
inusitado: como as vizinhas desistiram da festa, os prefeitos também decidiram
cancelar para não receber excesso de visitantes, o que comprometeria o
abastecimento e a segurança.
A multidão de turistas que invade as principais festas do interior de
Minas, em Ouro Preto e Diamantina, pode sofrer racionamento em pleno Carnaval.
Os moradores de Ouro Preto já convivem com o rodízio há mais de 20 dias — e, se
não chover, não há data para normalizar o abastecimento.
O secretário de Cultura e Turismo de Itapecerica, Wellington Daniel
Cruz, aponta que a cidade recebe 10 mil foliões por noite, e que o cancelamento
vai prejudicar o comércio, transporte e hotelaria.
— Vai ser a primeira vez que Itapecerica cancela o Carnaval por falta
d'água.
O prefeito de Itabira, Damon Lázaro de Sena, que anunciou na sexta-feira
(23) o cancelamento das festas no município, afirmou que a decisão é para
"não prejudicar toda a população futuramente".
— Não sabemos ao certo quanto tempo mais esta seca vai durar e quanto
ela poderá nos obrigar a investir imediatamente para minimizar seu impacto.
Quanto à questão financeira, o Governo Federal já sinalizou um primeiro
semestre de retração econômica. O cenário neste início de ano não está bom para
município nenhum.
Já no caso do Vale do Mucuri, outro caso inusitado.
O Carnatuji, um dos carnavais mais frequentado do vale, este ano foi
vetado pelo ministério público. Segundo funcionários da Prefeitura de Catuji a
causa foi uma denuncia de adversários da administração, portanto não passa de perseguição.
Óbvio que no carnaval passado houve algo que não completou a
satisfação de residentes, por algumas falhas. Falhas estas que foram
corrigidas, com elaboração de um novo programa e cuidados. Mas mesmo assim o
Ministério Público, decidiu exigir a mudança do local, como não há, foi
decisivo a proibição do evento.
Para mais detalhes, do ocorrido na decisão da justiça, teremos
informações completas e precisas da administração do município.